O Absurdo Vivo
"Ei, voçês ai, desse lado
Homens, mulheres, outros,
Fantoches do instituído
Figurantes mutilados
Transeuntes apressados
Refugiados à sombra do anonimato
Servos, senhores,
Explorados, exploradores
Tiranos, competidores
Caçadores de canudos e status social
Escravos do tédio e da TV
Predadores sem escrúpulos à cata do poder
Viciados do lucro e do sucesso
Apostadores da bolsa
Amantes da finança
Eh! Voçês!
Prisioneiros do absurdo
Parem! Ouçam!
O meu isolamento é tão ridículo
Quanto a vossa existência
...
Para vossa informação
Não me vestirei decentemente
Adoptarei uma postura demente
Cambalearei desleixado no palco
Vomitarei obscenidades sempre que me apetecer
...
Estou interessado na liberdade."
...
António Pedro Ribeiro
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